quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

HISTÓRIA DO LAÇO COMPRIDO - Prova de Laço em Marcelândia 2010.








                                                    HISTÓRIA DO LAÇO COMPRIDO
         
Na travessia dos descampados dessa terra de ninguém, que depois veio se chamar MATO GROSSO, extraviaram-se muitos animais vacuns e cavalares.Que forram as primeiras sementes do gado baguá, e dos cavalos, aqui encontrados muitas décadas depois.
Os primeiros colonizadores do Mato Grosso foram os homens campeiros, por isso, podemos afirmar que são eles o sustentáculo da economia do Estado.  
Como não havia cercas para contenção dos animais, aos poucos iam se tornando bravos e selvagens (baguá) na nossa linguagem. A origem do famoso cavalo pantaneiro vem desse tempo. A única forma de pegá-los era utilizando o laço. Dessa forma, o homem campeiro, até para sobreviver, foi se tornando um exímio laçador.
Com o tempo, os homens campeiros de Mato Grosso fizeram do laço uma ‘’arte’’ que foi sendo transmitida de pai para filho, de geração em geração.
Temos dito que nossa sociedade tem duas épocas distintas: antes e depois dos Clubes de Laços. Antes de 1980, nossa juventude copiava o modelo americano de vida. Nossos usos e costumes estavam sendo relegados.
Depois de 1980, depois da criação dos Clubes de Laço, conseguimos inverter essa situação e, todos estão valorizando o que é nosso, voltando às origens.Os Clubes incrementaram e divulgaram o laço como esporte.

A prova de laço em Marcelândia é uma tradição. Toda comunidade marcelandence participa com sua família.


1° Concurso de Berrante em Marcelândia 2009. UM POUCO DA HISTÓRIA DO BERRANTE








O “Concurso de Berrante” é um evento cultural popular que acontecerá em Marcelândia, durante o mês de setembro, que também é o mês da cavalgada tradição de Marcelândia.
A professora Maria Cristina Balielo propõem a realização do evento cultural envolvendo as várias formas de manifestações culturais: música, dança, comida típica.
O evento “Concurso de Berrante” pretende se tornar um dia oficial pertencente ao calendário de eventos de Marcelândia incentivando o turismo e promovendo a integração dos Municípios da região de Marcelândia, resgatando a cultura do berrante representado pelos  Tropeiros responsáveis pelo povoamento da região centro oeste.

UM POUCO DA HISTÓRIA DO BERRANTE

Para alguns, uma paixão e para outros apenas o desconhecido. De qualquer forma  Berranteiro ou ponteiro é que toca berrante, vai à frente da boiada. Os bons berranteiros conseguem executar música popular em seu instrumento.
O berrante utilizado pelos peões de boiadeiro, ele emite sons agudos e graves, e cada toque é uma senha, avisando a hora do almoço, o toque de recolher, toque de perigo e orienta o sinueiro (boi que comanda a boiada, boi experiente, esperto).
O som do berrante é contagiante, conquistam mundos, corações, religiões, rádios, TV, jornais, cabalgadas.
  Não tem paleta, corda, teclado. A nota é dada na boca do berranteiro e cada berranteiro cria um estilo próprio e trazem saudades, alegrias, emoções e às vezes leva lágrimas. 
O berrante emite um som forte e grave, porém aveludado pode não parecer tão agradável para alguns, mas tem toda sua beleza.
 Conseguir tirar um belo som do berrante exige muita habilidade do berranteiroa é a história do instrumento que faz parte da vida dos boiadeiros.  
Hoje, embora nem tanto utilizado para esta finalidade, o berrante ainda encanta muitas pessoas que curtem o sertanejo. Pena que o progresso tenha decretado o fim do chamado “transporte elegante das boiadas”, restando dos peões de boiadeiro apenas as lembranças o berrante dependurado na parede e as saudades.
Não é à toa que as mais belas modas de viola usam o toque de berrante, legítimas manifestações do rico universo cultural do homem do campo, que nos fazem chorar de emoção, têm como tema a vida do peão de boiadeiro. Disso são exemplos as modas: “Boi Soberano”, “Ponteiro de Boiada”, “O Menino da Porteira”, “Boi Fumaça”, “Os Três Boiadeiros”, “A Volta do Boiadeiro”, “Saudosa Vida de Peão”, “Berrante de Ouro”, “Mágoa de Boiadeiro”, “Velho Peão”, “Travessia do Araguaia”. O imaginário do boi povoa a história regional, suas estradas antigas, seus velhos municípios, a economia e a história, geralmentete além de outras tantas que nem daría para enumerar neste espaço exígüo.




2° Concurso de Berrante em Marcelândia 2010












Conseguimos que o evento “Concurso de Berrante” se tornasse oficial e permanente no calendário de eventos de Marcelândia, com sucesso!


Apresentação de Cezar em um Projeto Cultural “Resgate de raízes” na E.E.Pedro Bianchine Marcelândia.






PROJETO CULTURAL “Resgate de raízes”

Sentindo a necessidade de conhecer e resgatar a nossa cultura é que nos propusemos a realizar o Projeto Cultural: Resgatando nossas raízes, cujo intuito é incentivar o corpo discente a valorizar as nossas raízes manifestadas por exemplo, nos rodeios, musicas sertaneja, de viola, catira, nos tropeiros, nos toques de berrante, na culinária, nas festas juninas e crenças  populares.
A cultura brasileira é simbolizada pela pluralidade que a caracteriza. A cultura caipira intercambia-se com a cultura de massa.
Portanto, faz-se necessário caracterizar a cultura popular, que está inserida na cultura brasileira.
O caipira que estudamos é um ser rico de tradições e crenças. Está inserido na pluralidade da cultura brasileira e se relaciona com outras culturas. Está longe de ser o caipira descrito por Monteiro Lobato, Saint-Hilaire e Câmara Cascudo. Mesmo assim, esse é o estereótipo que hoje sobrevive.
O que se pode concluir destas definições é que há uma proximidade entre o caipira e o sertanejo. Na definição da palavra sertanejo, aparecerão explicações que também figuram na definição da palavra caipira. Ainda mais, a palavra caipira aparece como sinônimo na definição de sertanejo. Através disso, poderíamos entender que “sertaneja” é uma canção ou cantiga do sertão e, pode ser, uma canção caipira. E quando a definição do dicionário explica que sertão é a zona pouco povoada do interior do país, podemos entender que a roça também faz parte do sertão


C&A BERRANTE DE OURO -O QUE É COMITIVA



As comitivas são formadas por grupos de peões de boiadeiro e suas montarias, geralmente mulas ou burros, embora também sejam usados cavalos, que fazem o transporte das boiadas pelas estradas de terra, chamadas de “estradões”, de uma fazenda à outra ou da invernada para o matadouro, percorrendo grandes distâncias, durante dias a fio, que eles chamam de “marchas”.
O comissário era o dono da comitiva. O ponteiro é um peão experiente e conhecedor das estradas e tocador de berrante, que vai à frente tocando o berrante, nos momentos apropriados, para atrair,estimular a marcha ou acalmar o gado e dar sinais para os demais peões. Os rebatedores são os peões que cercam o gado, impedindo que se espalhem. Os peões da culatra vão à retaguarda da boiada. Os peões da “culatra manca” ficam para trás tocando os bois que tenham problemas para acompanhar a marcha da boiada, por cansaço, ferimento ou doença. O cozinheiro saí mais cedo que os demais integrantes da comitiva, conduzindo os burros cargueiros com suas bruacas, nas quais levam os mantimentos e tralhas de cozinha, até encontrar um rio em cuja margem possão preparar a refeição, ou seja, “queimar o alho”.  Conforme destacado acima, o tempo da comitiva poderia variar de região para região.